quarta-feira, 24 de agosto de 2011

AUTO AVALIAÇÃO

AUTO AVALIAÇÃO
Ilvanete Pires de Carvalho
Lusinete Barbosa dos Reis Cunha

Realizamos a Oficina Interdisciplinar –  Questão Agrária – no período da manhã, de 23 de julho de 2011, das 13h30minh às 17h30min, em uma das salas da Escola Municipal Professor Roberto Santos, situado à Rua Manso Cabral, n° 147, Centro, na cidade de Jussara – Bahia. O encontro contou com um grupo de 36 participantes, embora o convite tivesse sido estendido a 40 pessoas, dentre eles, alunos, professores, pais e a direção de Escola, secretários de Educação e Agricultura, Professores. Eles formaram um grupo bastante heterogêneo.
       Após as inscrições, pudemos definir o perfil de nossa turma. Como boa parte dela era formada por nossos alunos, ou que haviam sido em anos anteriores, outros, colegas de trabalho e, apenas uma pequena parcela, formada daqueles fora do ambiente escolar, isso facilitou a integração durante o encontro, e não ocasionou nenhuma grande alteração nos planos das atividades que tínhamos preparado para a oficina. E foi justamente por conhecer a maioria dos participantes, suas expectativas, que optamos por elaborar e executar, a partir da proposta do Projeto Interdisciplinar, um plano que trabalhasse o tema promovendo um debate para a reflexão, numa perspectiva de uma Escola em sintonia com as populações que vivem e trabalham no campo, articulando os conhecimentos de pesquisas de Campo, leituras sobre a questão agrária no Brasil com o desenvolvimento local sustentável.
    Dessa forma, o foco de atenção de nosso trabalho, centrou-se no fato de que, cada vez mais, a escola assume diferentes missões, dentre ela a de reorganizar novas premissas. Uma delas é socializar, difundir e intercambiar conhecimentos e experiências de educação do campo afinadas com os princípios, objetivos e finalidades do desenvolvimento rural sustentável.
         A escola necessita que novos pressupostos nasçam para dar rumo a novas ações, mais integradas ao momento histórico social e mais comprometidas com as características da sociedade vigente.
         Selecionamos, então, diversas atividades de ação social, que além de diversificadas, cumpriram o objetivo de estimular os participantes a vivenciarem de maneira afetiva e efetiva a proposta da oficina.
        Assim, no primeiro momento do curso, utilizamos uma seqüência de atividades suficientemente sedutoras que permitiram um contato mais lúdico, através das dinâmicas do “AMOR” e do “CORAÇÃO” (ver anexo), que permitiram aos participantes se cumprimentarem, abraçarem, rir e se apresentarem de uma maneira bem diferente. O nosso intuito, nesse momento inicial, foi o de fazer com que os participantes se sentissem à vontade, descontraídos, estimulados a participarem das discussões.
      Depois, utilizamos músicas que achamos que seriam adequadas para o momento, por falar de angústias, conflitos, vivenciados pelas pessoas que buscam uma solução para a questão agrária do país e ao mesmo tempo falar de caminho, direção, diálogo e luta, apresentados como  objetivos em toda a programação do evento.
      Logo depois, tivemos a palestra do palestrante Vanderlan Araújo, Técnico Agrícola, que abordou o tema com muita segurança, propriedade e linguagem clara, além de diversas vezes oportunizar intervenções do público. Primeiro fez um apanhado histórico falando que o debate sobre o trabalho no campo precede o da educação ou da pedagogia, fazendo uma abordagem sobre a descoberta ( a colonização, o uso da terra, a monocultura) o modelo de campo do capitalismo, o campo pensado sem o povo, a formação da elite agrária, o estereótipo do povo do campo, características do campo brasileiro, a LDB, marcos da reforma agrária.    Terminada a palestra, inicio-se o trabalho em grupos (grupos que se formaram de acordo com a cor do cartão da mensagem de acolhida, recebida na entrada do auditório), com a leitura e discussão de um texto. Na verdade, tratou-se de um estudo dirigido, que assim se seguiu:
1.      A partir da leitura do texto, destaque os aspectos apresentados no roteiro que se segue:
ü  Algo que NÃO CONCORDAMOS...
ü  Algo que DESCOBRI...
ü  Algo que nos será ÚTIL...
ü  Algo que precisamos APROFUNDAR...
ü  Algo IMPORTANTE...
ü  Algo para DEBATER...
ü  Algo que precisamos APLICAR a partir de agora...

2.      Discuta com o seu grupo sobre a importância da Reforma Agrária e crie 3 ações/estratégias para ajudar a resolver o problema agrário do país.

    Após a leitura e discussões, os grupos apresentaram suas impressões do texto e possíveis medidas para facilitar a reforma agrária no Brasil.
     Não é possível no âmbito desta auto-avaliação descrever todas as etapas vivenciadas em cada momento, mas cabe explicitar que todos eles seguiram, mais ou menos, essa mesma forma de abordagem dos conteúdos, descrita acima, sempre visando a problematização e a reflexão crítica, impulsionando os participantes a discutirem, a buscarem mais informações, a trocarem experiências, a cooperarem uns com os outros. Com a aplicação dessa metodologia, a oficina tornou-se mais significativa, dinâmica e prazerosa para os participantes e para nós mesmos.
    Temos ciência de que houve algumas falhas, afinal imprevistos sempre acontecem, mas nada fugiu ao nosso olhar atento e controle, e conseguimos sempre encontrar a melhor maneira de resolvê-los. A nossa postura como mediadores da oficina foi calcada na reflexão-ação, bem como na flexibilidade e total abertura ao diálogo. Agindo desse modo, pudemos estabelecer um convívio agradável, favorecendo a instauração de um clima harmonioso e de confiança, no qual os participantes sentiram-se à vontade para expor suas idéias, dúvidas e anseios.
    Por tudo isso, acreditamos que o resultado da oficina foi altamente positivo, o nosso parceiro (Escola Municipal Professor Roberto Santos) cumpriu exemplarmente a sua parte, cedeu espaço e equipamentos, forneceu o lanche, deu todo o suporte necessário à realização da oficina; de nossa parte, cumprimos os horários, selecionamos os textos, os vídeos, músicas, confeccionamos os materiais.
    Diante do exposto, fica patente que a realização da oficina foi de fundamental importância, na medida em que proporcionou um aprendizado mútuo, ou seja, não só os cursistas construíram e aperfeiçoaram estratégias, desenvolveram competências e habilidades, nós mediadoras também adquirimos novos conhecimentos e crescemos muito na troca interativa com os cursistas.
      Por fim, gostaríamos de registrar nossa satisfação em ter realizado a oficina, pelos conhecimentos que adquirimos, pela visível melhoria da qualidade no nosso trabalho, por ver a satisfação no rosto dos participantes, por termos projetado e verificado o objetivo alcançado... Por todos esses motivos, acreditamos que a experiência foi, mais uma vez, valiosíssima e marcante.




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